[CRÍTICA] Carrie, a Estranha

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Olá novamente. Acho que vou acabar transformando esse blog em resenhas das coisas que eu gosto hehehe

Estava revendo "Carrie, a Estranha" (1976) e resolvi fazer uma pequena análise das três versões cinematográficas com/e o livro. Sou muito chata com essas coisas, então lá vamos nós.

AVISO: O POST A SEGUIR CONTEM SPOILER
AVISO: O POST A SEGUIR É GIGANTE



Atualmente, nós temos três versões cinematográficas de "Carrie, a Estranha": uma de 1976, outra de 2002 e a última, de 2013. Há também uma versão estilo seriado (pós o filme de 2002) que não emplacou, por isso não irei mencioná-lo aqui.



Cada versão tem algo diferente. Minha vontade era de unir as três em um, pra ser fiel ao livro. Mas como ainda não desenvolvi o dom de achar o programa certo, vou na base da análise. Pra começar, vou explicar do que se trata, de uma forma bem resumidinha:

"Carrie é uma aluna do ensino médio, em uma pequena cidade chamada Chamberlain. Sua mãe é fanática religiosa e obriga Carrie a seguir seus passos, mesmo a mesma queira sair do status de "patinho feio". Na escola, todos riem dela, de colegas populares a diretoria. Um belo dia, é convidada para o baile da escola e eis que se vinga de todas as piadas e zoações usando seus poderes telecinéticos."

ANÁLISES INDIVIDUAIS:

CARRIETA WHITE / ATRIZES

Sissy Spacek (1976) - Sissy não é má atriz, pelo menos não achei. Mas sinceramente, achei que Carrie não era pra ela. Como os padrões da época exigiam coisas específicas, como tom de pele e tal, dentre as quatro (inclua a Carrie de tv), foi a que mais se assemelhou ao livro, em termos de cabelo e tom de pele. Sim, em termos de cabelo. A atuação dela mesmo achei meio fraca.
Três tulipinhas pra Sissy robótica.



Angela Bettis (2002): A Carrie da Angela seria perfeita se unisse com alguns traços da Sissy e da Chloe. O tom assustado que a Angela dá à Carrie é incrivelmente assustador, como descreve o livro e isso me fez desejar este filme mais do que os outros. Ela arrebentou como Carrie mas, como sempre sou cretina,  a aparência dela ficou envelhecida para uma menina de 17 anos.
Quatro tulipinhas e meia pra Angela e seu nervosismo estampado no olhar.


Chlóe Grace Moretz (2013): Sim, você a conhece de "It Girl". E com todo o respeito, foi a pior escolha do mundo pra ser a Carrie. Não tenho nada contra a Chloe, acho até que ela é bonitinha... bonitinha até demais pra ser a Carrie. Ela se destacou, ao meu ver, apenas na cena do baile. De resto, não subiu, não desceu, ficou na mesma. Chloe meio que já começou a se estabelecer como atriz de filmes românticos, como a Rachel McAddams e Amanda Seyfried. O que é uma pena, porque, com as escolhas certas, arrasaria.
Três tulipinhas pra Chlóe pela cena do baile.



MARGARETH WHITE / ATRIZES

Piper Laurie (1976) - A Piper é tão linda que nem parece que tinha idade pra ser a mãe da Sissy, sério. E isso é chato, porque, quando você escala atores com idades próximas ou que aparentam ser próximas, pra serem parentes diretos tipo mãe e filha, a coisa fica sem graça. Foi isso que aconteceu. Muita make? Não sei. Mas não deu o feeling de mãe de Carrie. Muito sorrisinho, muito 'nhe'zinho. Nah, definitivamente nah.
Duas tulipinhas para o sorrisinho da Piper.

 

 
Patricia Clarkson (2002)
- Eu sempre acho que ela é a cara da Cindy Lauper hehe. A crueldade que ela fez a personagem da Margareth foi estupenda de uma tal forma que achei que nunca mais encontrariam uma atriz capaz de chegar tão perto da Margareth do livro. Nota dez pra ela!
Quatro tulipinhas pela maldade dessa mulher!


Julianne Moore (2013) - Eu nunca tinha ouvido falar dessa mulher até ver essa versão (mentira, já tinha visto filmes mas não tinha associado). Se comparado ao livro, ela é a cópia de auto mutilação e fanatismo que se espera. Nos outros dois, sequer foi mencionado o emprego da mãe de Carrie e sua mania de se machucar para conseguir que Carrie fizesse o que ela quisesse. Foi tão intenso o negócio que só de lembrar, me falta o ar!
Cinco tulipinhas pra Julianne, pela loucura bizarra estampada no olhar.

 


RITA DESJARDIN / ATRIZES

Betty Buckley (1976) - Embora tenha ficado muito chateada com a troca de nomes (Desjardin é Collins nessa versão, sabe-se Deus por quê!), de novo vou tocar na questão da época: 1970. Sinceramente, quanto ao livro, ela foi a mais fiel das três, inclusive até ganhou algumas novas falas. Ela soube ser a Desjardin severa, algo que as outras duas pecaram de levinho mas que deu uma enorme alteração pra quem leu o livro.
Quatro tulipinhas e meia pelo tabefe boladão na Chris Hargensen.



Rena Sofer (2002) - A escolha mais fraca pra Desjardin. Pessoalmente achei muito forçado. O "Damn, Chris" ("Que droga, Chris", em português) foi patético. Ela é boa atriz.. pra outros papéis. Tipo a pontinha em FRIENDS (ela fez aquela vendedora que gosta de dinossauros, quando o Ross e a Rachel foram comprar coisinhas pra Emma).
Uma tulipinha pra Rena, porque ela foi forçada demais.


Judy Greer (2013) - Vou tentar ser o mais imparcial possível porque eu ADORO ESSA MULHER. Ela não foi uma boa Desjardin, ela foi fraca. Falar grosso não é com a Judy e, por mais que adore ela, tenho que dizer que ela não foi uma escolha muito legal pra personagem, justamente pela doçura. A Greer é atriz de comédia ou pra ser uma biatch (como em "De Repente 30").
Duas tulipinhas e meia pra Judy, pelo "Desjardin fofinha". 



 CHRIS HARGENSEN / ATRIZES

Nancy Allen (1976) - A típica patricinha do final dos anos 70 ficou a desejar em muitos trechos. Muitas falas me soaram robótica como as do carro com John Travolta, mas a cena do chiclete foi incrível. Muito bonitinha pra encarnar uma vilã, não exala a maldade necessária. Perdão, Nancy, você pra mim é a Chloe da década de 70 :(
Duas tulipinhas pelo "E o que você quer que eu faça com esse chiclete?"

Emilie De Ravin (2002) - Das três, foi a que mais me deu "ar" de Christine Hargensen. Tinha aquela pequena faísca de raiva e ódio no olhar mas só. Foi isso.
Três tulipinhas e meia pelo "Que droga, Billy!".

Portia Doubleday (2013): Sei que os tempos são outros e a geração anos 2000 tem toda uma mudança de comportamento, com celulares, tablets e tal. A Portia representou até demais essa transição, transformando a Chris em uma personagem meio insossa e altamente mimada, algo que só tinha visto um ligeiro traço no segundo filme, com a Emilie De Ravin.
Quatro tulipinhas por "Papai, vem me pegar?" e mais meia por "Atropela!"

SUE SNELL / ATRIZES

Amy Irving (1976): A que mais me impressionou das três. Mas apenas pela cena final, do baile e o final propriamente dito. A cena final dela foi tão bem feita, tão último salva vidas, que assustou.
Três tulipinhas pelo 'Socorro'.

Kandyse McClure (2002): Só valeu por mandar a Chris calar a boca. The end.
Uma tulipinha pelo "Cala a boca, Chris. Caaaala a boca."


Gabriella Wilde (2013) - Em termos de livro, foi a que mais chegou perto, mas não foi ó, primorosa. Foi bem adolescente patricete, e isso foi bem convincente para uma atriz de 23 anos (na época). E as cenas no baile foram de arrepiar.
Quatro tulipinhas pelos chutes no ar enquanto a Judy Greer empurrava ela porta afora.


TOMMY ROSS / ATORES

William Katt (1976): Ele mais parecia um surfista de "A Lagoa Azul" do que um garoto popular por esportes de um colégio de ensino médio. Quanto a atuação, ele foi bem na média. O jeito displicente ao conversar com a Collins/Desjardin foi algo que não curti. Ele faria tudo pela Sue. Não agiria daquela forma. Outro erro grotesco cito na seção ROTEIRO.
Uma tulipinha e meia por robotizar Tommy Ross.


Tobias Mehler (2002) - A atuação dele foi tão nhé que tive que catar no Youtube pra lembrar. Continuo sem lembrar, sem ter desenvolvido quaisquer sentimento por ele. Maldade, eu sei, mas não sei mentir.
Nenhuma tulipinha porque não serviu de nada.

 
Ansel Elgort (2013): O queridinho das menininhas por causa de "A Culpa é das Estrelas" também fez esse filme e até que se saiu bem como o Tommy. Ele me convenceu algumas vezes e, comparado aos outros dois, tinha mais porte de jogador de qualquer coisa que tivesse em escolas americanas.
Três tulipinhas pelo "What the hell?"


BILLY NOLAN / ATORES

John Travolta (1976) - Em um geral, sinto muito se ofender, mas John Travolta é um péssimo ator. Nancy Allen dava tapa atrás de tapa nele e ele fazia cara de bobão tipo 'por que me bateu?'. Como vilão John Travolta é um ótimo ator. Fim.
Meia tulipa por 'Por que me bateu?'.

Jesse Cadote (2002) - Finalmente o Billy Nolan que eu esperava. Bem malvadão. Não foi o mais omg das atuações mas foi tão malvado que dava raiva.
Quatro tulipinhas pelo 'Vem cá, porquinho!"
 

Alex Russel (2013) -Acho que a intenção do Alex era ser um Jesse Cadote com ar de John Travolta, porque a atuação dele foi meio '-' Mas o mais legal? Deu certo!
Três tulipinhas pelo nariz estourando na direção do carro.



ROTEIRO / DIREÇÃO

CARRIE - 1976

O enredo de 1976 foi escrito por Lawrence Cohen e a direção foi de Brian dePalma. Quanto a direção, não tenho muito pitaco pra dar, porque curti muitas coisas, mas quanto a roteiro...
O bom de dar início a gravação de uma adaptação de livro é que o próximo sabe o que e onde o amiguinho pecou. É tão mais fácil criar um ponto inicial. Não que a versão de 76 tenha sido ruim. Respeito o dePalma. Mas poderia ser mais fiel.
Entrando no contexto roteiro, a grande  questão foi: que * foi aquela de Tommy Ross beijando Carrie White? O roteirista não sabe ler um livro, não? Pelo amor de Deus!, se quer escrever um filme adaptado, ao menos leia e saiba que tem coisas que você não deve mexer pra não perder o fio do livro!


CARRIE - 2002

O filme de 2002 foi escrito por Bryan Fuller e Stephen King e dirigido por David Carlson. Vai ver por isso prefiro este, dentre os três: o autor do livro estava presente. Mas acredito que Stephen e Bryan não deram o feeling esperado pra Carrie, mesmo sendo Stephen o escritor.
Quanto a direção, alguns ângulos poderiam ser melhores, como os que focavam Carrie de lado. Deram aparência de velha à Angela.



CARRIE - 2013
Este foi dirigido por Kimberly Peirce e escrito por duas pessoas: Lawrence Cohen e Robert Sacasa. Gosto de citar esse filme como catástrofe. Escolha de elenco MUITO ruim. Sinto muito, mas Chloe é uma garota MUITO BONITINHA pra ser Carrie; Portia Doubleday como Chris, patético.  Gabriella Wilde foi a única que se salvou e olhe lá. A única que realmente desempenhou um papel primoroso foi a Julianne Moore, pra variar, porque a mulher arrebenta. Mas nem o Ansel Elgort, que todo mundo adora por "A Culpa é das Estrelas" se salva". Eis o que gosto de mencionar: não adianta você ter um elenco cheio de estrelas se você não sabe transformá-lo em constelação.
Compreendo que século XXI, internet e tal, mas se tem algo que valeu a pena de fato, além da Julianne Moore se machucando (e seguindo filmente o livro), foi a cena do baile e ainda assim, foi muito caricato. Muito sanguinário. Muito... fofinho.
E apenas pra ressaltar: Fechar a câmera na cara de um protagonista toda hora não quer dizer drama. Ponto.



Acho que é isso. Não sou nenhuma crítica nem tenho formação nessas coisas mas  gosto de avaliar essas coisas. Tem uma penca de filmes que queria fazer isso mas já perdi as contas...



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